Avalanche
Uma avalanche, Que você dela corre, Para não ser engolido, Você a acompanha, Mantendo-se atento, E com cautela, Se esquiva e se emaranha. Quando chega o fim do dia, Você respira fundo, E analisa o que sobrou, Às vezes não sobra nada, Apenas escombros, Algumas risadas, E a vontade de desistir, Para não deixar de sorrir. Mas o desejo de superar, Faz com que nos acostumemos, Que sintamos falta, Nos identifiquemos. Muita coisa se traz, Outras são deixadas para trás, Sobram muitos destroços, E quando sobrevivemos, Queremos ver o que será, Onde tudo isso nos levará. No dia seguinte, Na hora marcada, Em cada desafio, Um sabor diferente, Que não queremos degustar, Que não há como se livrar, E que nos acostumados, Com cada um dos seus sabores. Enquanto tivermos pernas para correr, Enquanto tivermos forças para enfrentar, Enfrentaremos. Mas é difícil, E doloroso, É calejante, Que até prazer nos dá. Amanhã é um outro dia... Vamos ver se a avalanche mos engolirá, Ou nos deixará respirar.