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Água

Sempre houve amor,  Muitos deles mal compreendidos, Sempre intensos e solitários. Os que foram demonstrados, Nem sempre foram acolhidos, Quase sempre sem serem retribuídos. Talvez tudo seja uma invenção,  Uma distração momentânea, Na tentativa de dar sentido à vida, Que nem sempre bela é. Pois o amor empresta alegria, E ajuda a enfrentar o que o dia tem para ser enfrentado. Preenche o vazio que insiste em se apossar dos corações distraídos. É berço, colo afável que conforta e tranquiliza. Mas que agoniza a alma solitária de maneira eficaz. Eu que sempre amei, Hoje me encontro distante, Não percebo sua presença me tirando a calma. É algo que assusta, Faz-me temer não mais vivenciar suas dores e alegrias, E vagar pela vida de maneira pacífica e sem emoções. Pois o incolor, inodoro e o insípido, São características que somente a água deve carregar, Dentro dos nossos corações precisamos de sabor, Cheiros apaixonados de amor, Com as mais diversas cores para alegrar, Dar sentido. Que nos aba

Aurora

Eu que não acordo cedo,  Gosto das cores que antecedem ao amanhecer, Que anunciam a aurora, A hora de descansar.  Sigo no bosque das flores amareladas, Sob o céu alaranjado que anuncia o Sol que irá nascer. Na mistura das cores do alvorecer, A escuridão dissipada afasta tristeza, Espanta objetos de medo, Reaviva esperanças. O dia dispondo, Tudo vai tomando forma, Revelam-se detalhes obstruídos, Despertando curiosidades da vida. Eu que nem sempre conto mentiras, Faço das minhas histórias verdade. Acrescento ação e emoção, Para dar o equilíbrio necessário.  E o sentido em tudo, Aquilo que nem interessante é. Mas precisa ser reconhecido, Pois outrora não fora notado,  Permaneceu escondido. Na presença da luz, Revelada será, Toda alegria de outrora, O sorriso encoberto, E os encantos da vida.