Água
Sempre houve amor, Muitos deles mal compreendidos, Sempre intensos e solitários. Os que foram demonstrados, Nem sempre foram acolhidos, Quase sempre sem serem retribuídos. Talvez tudo seja uma invenção, Uma distração momentânea, Na tentativa de dar sentido à vida, Que nem sempre bela é. Pois o amor empresta alegria, E ajuda a enfrentar o que o dia tem para ser enfrentado. Preenche o vazio que insiste em se apossar dos corações distraídos. É berço, colo afável que conforta e tranquiliza. Mas que agoniza a alma solitária de maneira eficaz. Eu que sempre amei, Hoje me encontro distante, Não percebo sua presença me tirando a calma. É algo que assusta, Faz-me temer não mais vivenciar suas dores e alegrias, E vagar pela vida de maneira pacífica e sem emoções. Pois o incolor, inodoro e o insípido, São características que somente a água deve carregar, Dentro dos nossos corações precisamos de sabor, Cheiros apaixonados de amor, Com as mais diversas cores para alegrar, Dar sentido. Que nos aba