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Mostrando postagens de setembro, 2025

Colagem

Tenho tanto a dizer, e não digo nem o necessário — isso, sempre, nunca basta. O que falo não contém toda a minha liberdade, nem traduz inteira minha verdade. Sinto vontade de expandir, mas meu saber é estreito, cercado por barreiras que escondem segredos — muitos deles, nem eu reconheço. E, ainda assim, essas tolas mentiras são tomadas como sérias na corrente de oportunidades que ninguém entende, mas todos chamam de realidade. Uma série de acontecimentos se repete no eco das vidas alheias, interpretada sem cuidado, aceita sem razão. Quando nada resta além da conveniência de participar do que é decidido em conjunto, faz-se disso uma verdade — um alimento raso que não sacia, mas ocupa o vazio da alma. A mente, resignada, se preenche com o que encontra. E não há como mudar enquanto não ousarmos buscar além — ou decidir que o além, afinal, não está em outro lugar, mas em nós mesmos.