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Poema

Escrevo sobre as coisas que deixo de falar. Falo sobre aquilo que não encontro palavras para expressar. Eu invento. Mas não minto. Exagero. Eu não finjo. Mas autêntico não sou. Copio frases e as troco de lugar para tentar representar. Que as palavras que foram citadas eram minhas. Mas sempre foram cópias modificadas. Palavras que já foram ditas... As reescrevo e alterno sua ordem. Para causar desordem, E a impressão que tudo é algo novo e criativo. Que é algo que nunca foi dito. E dessa forma me repito. E me canso. Sempre releio tudo o que digo em palavras reescritas. Tentando encontrar algo inovador. Mas vejo pleonasmos disfarçados em rotineiras poesias. Que nem poéticas são. Pois não sei ao menos qual é sua verdadeira definição. Entre o que é poesia ou não. Nesta hora eu disfarço. E falo que foi um simples texto meu. Algo que me inspirou a escrever. Mas na verdade tudo estava guardado. Aguardando a hora de aparecer. E ser envolvido por palavras que tento c

Voarei

Um dia voarei... E deixarei o que sobrou do amor no chão que jamais tocarei. Chegarei e entrarei na casa que deixei  trancada, Arrombarei suas portas, Escancararei as janelas, E assim me abrigarei. E me esconderei de todo perigo que amedrontou. Da dor que o amor causou, Eu deixarei para trás. Esquecerei. Encontrarei o descanso esperado. Deixarei o coração de lado para me afastar da saudade que sinto. Ficarei olhando dia após dia as feridas fecharem, Até que não reste mais nada, Apenas cicatrizes. De tudo que restou, Fique apenas a sobra que não consigo me livrar. Sem espaço para o rancor que me fez desacreditar. Voarei em busca de um porto seguro, Onde eu me segure e não me traia. Em um lugar onde meus instintos se desconectem de todo desejo de ser. De estar naquele distante lugar onde apoiava meus pés. Que seja novamente aquecido meu coração. Tomando o devido cuidado. Dessa vez redobrada e atenta seja minha atenção desatenta. Que desorientou e apagou o brilho