Entre Cadáveres
Não é fácil sermos quem somos,
sorrir o tempo todo,
ser polido e discreto,
ser educado,
usar o filtro,
deixar as impurezas de lado
e, de certa forma, agradar.
Ignorar a vontade de gritar,
fingir que o terremoto não abalou o solo.
E que, dentre tantos novos cadáveres,
dirigi às flores minha inteira atenção.
A cruz disposta,
a vela torta,
a chama acesa
me despreza por completo.
Eu, que agora,
me atento apenas
ao choro sincero,
à lágrima dispersa,
à conversa alheia,
que celebra apenas as boas notícias,
que nunca foram ditas,
e somente agora se espalham,
como se a verdade chegasse sempre atrasada.
Que legal fico feliz de lembrar de mim te amoooooo
ResponderExcluirSimplesmente maravilhoso 👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻
ResponderExcluirImagino que esteja a refletir sobre o luto, ou fechamento de uma fase da vida, deixe para trás o que não tem vida! Segue a luz!
ResponderExcluirQue show. Ser quem somos e se equilíbrar no todo é o maior desafio
ResponderExcluir