Hospital
Sonhei com você.
Eu te procurava em um hospital.
Sabia que você estava internado — não trabalhando.
O lugar era imenso, e eu não sabia em que quarto ou seção procurar.
Mas, quando me perguntei como faria para te encontrar, olhei para um homem;
ele se virou — e era você.
Então, te entreguei um saco com dinheiro — era para sua irmã.
(No sonho, isso fazia todo sentido.)
Não acho que o sonho signifique algo grandioso.
Talvez signifique algo para mim, mas provavelmente não tenha nada a ver com você.
Acho que meu cérebro te usou como símbolo —
de algo ou alguém fácil de achar,
identificável, acessível,
mesmo quando tudo parece difícil.
Alguém que não preciso procurar,
porque já está ali,
antes mesmo de ser perdido.
Sonhei com você e lembrei de você —
da sensação de segurança emocional que você transmite.
Como uma grande casa de mãe.
Espero que esteja bem.
Espero que esteja escrevendo seu livro de memórias.
E que não esteja sofrendo ao relembrá-las,
mas sendo sincero com suas emoções.
Espero que não dê aparência leve
aos momentos mais pesados — como naquele capítulo que me mandou.
Que sinta tudo com verdade, sem disfarces.
Escrever não é terapia — mas é terapêutico.
Como o teatro.
Esteja bem.
Sempre no meu coração.
E nos meus sonhos.
Beijo.
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