Vulcão
Já basta o que penso a meu respeito.
Dentro de mim, meus sentimentos são densos,
pois me reconheço — vejo apenas o imperfeito.
Eu me incomodo
com o vulcão instaurado no peito:
hora desperto, hora sonolento,
uma tempestade silenciosa,
uma chama que não aquece — apenas queima,
não adormece.
E eu me perco e me encontro nela.
Às vezes me desperta,
alguns momentos me dispersa,
faz-me vagar desatento —
o que nem sempre me perturba,
pois, quando não me vejo,
desapareço diante de mim mesmo.
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